terça-feira, setembro 21, 2010

a minha pseudo autopsicografia

Corria descalça sobre a terra molhada, em direcção ao infinito. O sol embelezava ainda mais, se é que isso é possível, todas as maravilhas naturais em que os meus olhos pousavam. O vento, adoçava o canto dos pardais e a brisa brincava e dançava no meu rosto.



Não conseguia pensar em nada. Tu estavas ali e a única coisa que eu sabia fazer era sentir, nem eu sei bem o quê...


O tempo voava e estava parado e eu, eu perdida no espaço sem norte ou razão, sem bússula que me guiasse na minha viagem sem retorno.


Era um sonho, apenas isso. E como todos os sonhos, este terminou no momento em que acordei porque, tirar as calhas ao coração tem como consequência um descarrilamento, um acidente mortal ao qual penso ter sobrevivido porém, estou certa de que deixou marcas para além da vida.


Acordei, e ainda sinto o cheiro a terra molhada, e ainda sinto a tua mão na minha mão fechada.

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