terça-feira, setembro 21, 2010

«e era como se esperasse eternamente a tua vinda»

- Já não sei há quanto tempo estou aqui sentada à tua espera.



- Desiludida?


-Claro, tu não chegas!


- Cansada?


- De esperar...


- Então porque continuas à minha espera?


- Porque desde que te conheci a minha vida parou. Sim, eu sorrio. Sim, eu entrego-me, eu sou feliz, eu brinco, danço, canto, vou à luta, mas não vivo.


Não conheço a intensidade de outra coisa que não seja o sofrimento causado pela tua indiferença, a mágoa que me tráz o teu desprezo, a saudade deixada pela tua ausência... sim, estás mesmo aqui sentado à minha frente, mas não estás cá e eu continuo à tua espera porque ainda não conheci a inteireza do momento da tua chegada. Ainda desconheço a autentacidade do cruzamento do nosso olhar. Tu não chegas e a vida continua sem continuar e eu, eu continuo aqui e «é como se esperasse eternamente a tua vinda.»

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