terça-feira, abril 19, 2011

«Buscando ainda que nada Vos falte.»

O ser humano também busca, ainda que nada lhe falte, pois parece-lhe faltar sempre algo.  A consciência da irreconciliação entre a finitude da vida e a infinitude do pensamento (sem limites). É esta imperfeição, é este conflito que me angustia. Será que Deus também o sente ou É demasiado perfeito para o sentir?
Que disparate! Deus não sofre com este tipo de questões! A Sua vida é infinita e o seu pensamento (será que Deus pensa ou realiza algo maior?), se existe, é infinito!
Então, Deus está equilibrado, condenado a esta paz. Nós somos quase o inverso, condenados a esta angústia, inquietação, desequilíbrio.

And what about tomorrow?

Sabia apenas uma coisa: fazia aquilo que fazia  porque procurava uma verdade, uma resposta auto-suficiente e universal que calasse aquela explosão de dúvidas que trazia comigo. Por vezes, parecia mesmo que ia explodir.
Mas eu procurava lá fora e quanto mais procurava menos encontrava, menos sabia, mais duvidava, mais me perdia...
Chovia, o Inverno aproximava-se. A Natureza concordava com o meu estado de ânimo e, mais uma vez, provava que o Verão  chegara ao fim, que o tempo passa e é condição de qualquer acontecimento fugaz.
Sabia que se o tempo não passa-se eu não viveria, não encontraria a tal resposta, não haveria espaço para nada acontecer. Porém, de uma forma estranha e contrasitória, era natural em mim não querer nada, excepto a paragem do tempo.
Mergulhada na escuridão, embebida no espaço e no tempo, urgia tomar uma atitude. A hora tinha chegado.
Desci as escadas, ainda havia uma réstia de luz, como se algo me estivesse a dizer que havia uma saída. Mas depressa se esvanecia este sentimento quando entrava no quarto como o jantar.
Lá estava ela naquela masmorra escura e húmida, rodeada de velas, santos, cruzes e incensos. Tinha sempre a sensação que entrava num cemitério e, quando me aproximava da cama para a alimentar era-me quase impossível contemplar aquele rosto de mármore frio, duro, pouco lustroso, um tanto ou quanto enrugado... afinal talvez fosse um rosto granítico. O olhar langue, inexpressivo, vazio. Não dizia nada, não sorria, não vertia uma lágrima, não se movia para além do necessário para ingerir os alimentos.
Não sei porque é que me obrigava àquele ritual diário nem como me era suportável fazê-lo quando todas as minhas células gritavam, vomitavam e fugiam daquele lugar.
Terminou a sopa e cerrou os olhos, era a sua maneira de me expulsar do seu aposento mórbido.
Beijei-lhe a testa e sai.

sábado, abril 09, 2011

Sobre mim?

Sem preconceitos, sem pressupostos, sem dogmas...eu estou constantemente em viagem e mudança, ando pelo mundo sem bagagem...Não sei de onde vim, nem para onde vou. Sei simplesmente que há um caminho e que existe uma razão... Como todo e qualquer ser humano, procuro a felicidade, a paz e a realização pessoal.


Não há nada melhor que a companhia dos entes queridos e o sentimento de que somos úteis, de que este não foi só mais um dia que passou, mas que foi O DIA.

Persigo os meus sonhos, mesmo quando parece que desiti da vida... porque há que experimentar outros caminhos, há que conhecer o mundo e compreender os outros, há que ter também um espaço e tempo só nosso que eu, egoistamente, quero e preciso para me encontrar.

quinta-feira, abril 07, 2011

Preferir

As preferÊncias culturais dos jovens são fortemente influenciadas pelo meio que os rodeia e pelo que o mesmo meio lhes proporciona. A sociedade em que vivemos molda-nos, uniformiza-nos deixando a maioria das pessoas despersonalizadas.
Na verdade, existe facilitismo na informática e no vídeo pois estes não exigem que a pessoa saia de casa e, para além disso, fica mais barato.
Alguns jovens preferem o que a família prefere, evitando desiludi-la; outros têm as mesmas preferências que os amigos, isto porque há uma necessidade de identificação com o outro, integração na sociedade e aceitação. Por norma, temos medo de tudo o que é diferente, a diferença deixa-nos inseguros. A igualdade dá menos trabalho, é mais fácil.
Ora, talvez seja por isso que os valores se encontrem subvertidos pois, infelizmente, são poucos os que arriscam ser fiéis a si mesmos. Talvez seja esta a razão pela qual vivemos numa sociedade deprimida, morta, sem espírito de iniciativa. Pois, não acredito que alguém possa sentir-se livre e ser verdadeiramente feliz vivendo numa mentira, numa luta permanente, estúpida e exaustiva para agradar o outro.
Também os novos modos de comunicar me preocupam. Quando, por exemplo, um amigo nosso nos magoa e pede desculpa por mensagem ou e-mail ou, quando há namoros que começam com uma sms, penso que isto não pode deixar de nos preocupar. Afinal, nada substitui o olhar nos olhos, o toque, o discurso falado pessoalmente ainda que, com toda a timidez e incoerência própria das emoções.
Para concluir, penso que existe um preconceito raletivamente ao livro, ao teatro.., mas não sejamos nós preconceituosos também. Não generalizemos. Há jovens que são excepção a esta cultura de massas.

Ausência de dúvidas? Não me parece...

Na minha parca opinião, o facto de termos consciência de nós mesmos como seres inacabados e de nos projectarmos no futuro, faz com que nos seja custoso aceitar\acreditar na evidência da morte...
Não quero morrer, mas também não quero viver eternamente. No entanto, esta frase, esta utopia inconsiliável, leva-me a pensar que morrermos depois de termos vivido e por isso, não vivemos eternamente (Não consigo explicar esta ideia por palavras...)
Talvez a morte venha na hora certa, se é que existe uma hora certa, quando a suposta «vida eterna» se torna incomportável, insuportável e é preciso morrer.

Não sei se é a morte que chega ou se é «só» a vida que termina... às vezes duvido da existência da morte...
Estarei a delirar? Não sei, mas parece-me que a morte é um mito que existe para nos lembrar que a vida tem um fim. Tem um fim porque acaba, mas mais que isso, tem um fim porque tem um objectivo, uma fnalidade...

porque é que eu penso tanto nisto?

Sometimes You make me feel a litle bit ...

«Nem podemos  forçar... não quero que nada corra mal. O que sinto por ti nunca senti antes... já gostei de outras pessoas, mas o sentimento que tenho por ti é completamente diferente e não sei explicar como ou porquê... quero-te mesmo muito!»

Simplesmente

«Hoje foi um dia de auto-reflexão e finalmente consegui algumas respostas. Bem, eu se calhar já as tinha, mas não estavam clarificadas... Gostava de ter estado contigo para falarmos, mas mesmo distante conseguis-te ajudar-me.
Nós já encontramos um caminho, Rita...para o bem e  para o mal, os nossos caminhos cruzaram-se e eu acredito que há uma razão para tal ter acontecido... não sofras sozinha, eu agora estou do teu lado e farei de tudo o que estiver ao meu alcance para proteger o teu sorriso...»
«Quando me envolves nos teus braços fazes-me esquecer qualquer problema... fazes-me voar... és o mais perfeito dos anjos no limite dos meus sonhos. Adoro-te @»

Quero-te tanto...

«Incrivel o que pode acontecer no espaço de um mês... Apaixonei-me por uma rapariga que me era completamente estranha... Saímos, conhecemo-nos, começámos a namorar... nem sei se fizémos bem ou mal, o tempo o dirá...mas gosto muito de estar com ela, o seu sorriso reconforta e a sua voz acalma... os seus lábios, divinos... Quero conhecê-la mais e melhor, quero-a cada vez mais próxima, quero ser seu e que ela seja minha... Não sei bem a razão, mas apesar de ainda não a conhecer muito bem há algo de especial que me cativa... Gosto mesmo dela!» " @