Às vezes o nosso pilar desaparece, às vezes até o «eu» que há em nós deixa de existir, mas enquanto há vida temos a oportunidade de recomeçar tudo do zero e, dessa vez há fortes probabilidades de o pilar ser mais forte e resistir, pois estamos mais experientes no que diz respeito a construção civil... esse pilar nunca será perfeito, está sempre a desabar e reerguer-se ...
Não, nunca mais voltará a ser o mesmo, a pessoa não é imune às tempestades, ao tempo, às outras pessoas. Vamos-nos moldando ao mundo, aos outros, às situações e a nós mesmos num processo contínuo.
Por vezes suplico para que o tempo volte atrás, para eu voltar a ser eu, para que aqueles que amo voltem a ser quem são ou quem eram, para que quem partiu possa voltar e nada fique por dizer ou fazer... Suplico e tenho vontade de apagar erros de construção intrínseca, mas mesmo que o pilar desabe e se reerga do zero, os erros continuam lá ou cá (dentro de nós) e deixam a sua marca, a sua pegada, tatuagem ou como lhe quisermos chamar. No fundo é impossível apagar um erro ou fingir que nada aconteceu, porque até fingir seria uma reação causada pelo efeito que tentamos ignorar...
O desafio e dificuldade que a vida nos impõe é de aprendermos a viver com os nossos erros, com a nossa humanidade, aceitá-la e olhá-la de frente.
os piores erros são os que magoam os nossos amigos. E mesmo que consigamos tirar o prego que foi cravado, não há como apagar a marca deixada
ResponderEliminarTudo o que fazemos feito está. É impossível apagar o passado... fico feliz por saber que lês o que escrevo.
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