quarta-feira, janeiro 13, 2010

Imagina-te numa ilha deserta, só…

Imagino-me numa ilha deserta, só… à primeira vista parece-me um handicap, numa ilha deserta sozinha, sem computador, telemóvel, televisão, longe da civilização, das pessoas, longe do mundo… mas depois de pensar melhor, logo deixa de se assemelhar a um handicap e torna-se numa utopia. Sim, e porque não? É tão difícil encontrarmo-nos sozinhos numa ilha deserta ou tão fácil!


Vejo o mundo à minha volta, milhões de pessoas, milhões de robots de companhia, milhões de ódio, solidão e pobreza… vejo milhões de tudo e mais alguma coisa! Milhões que fazem companhia, milhões de vazio que não me preenchem nem de longe.

Neste momento, apetece-me fugir para uma ilha deserta e ficar sozinha no nada, mas este nada comparado com as milhões de coisas que vejo é um tudo. Só neste nada é que é legítimo escrever no estado puro, amar no estado puro, ver Deus no estado puro, ser uma Pessoa, no sentido da palavra!

Porque é no nada que encontramos tudo e é no meio da multidão que não encontramos nada.

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