Per vero

«...o animal que rasteja, esse um dia voará!»

sábado, março 12, 2011

Nunca me conheces-te, nunca acreditas-te

A única pessoa que amei, a única passoa que me feriu...

Publicada por Rita à(s) 07:08

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Rita: Sou um ser humano com tudo o que isso implica e exijo tudo aquilo a que penso ter direito, ou seja, tenho sonhos, ilusões, cometo erros, bato com a cabeça na parede, ouço conselhos, faço coisas (muitas vezes vazias de sentido), sofro, choro, penso, tenho raiva, tenho medo, tenho coragem e momentos de felicidade. Nem sempre é fácil dar-me a conhecer, nem sempre me é fácil oferecer sorrisos e abraços, isso advém da confiança ou da minha muito boa disposição nesse dia...lol Sou jovem e acredito que os jovens têm muito mais para dar ao mundo do que aquilo que muito boa gente pensa, faço por ter um papel interventivo na sociedade e envolvo-me na tentativa de perceber o universo que me rodeia.

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«que seria de nós se não sonhássemos.»

«Mas Sete-Sóis, a essa hora, já estava deitado, cobria Sete-Luas com o braço e murmurava, Blimunda, então o nome atravessava um largo e escuro deserto cheio de sombras, demorava muito tempo a chegar ao seu destino, depois outro tanto regressando, as sombras afastadas penosamente, os lábios moviam-se custosos, Baltasar, lá fora ouvia-se o ramalhar das árvores, às vezes um grito de ave nocturna, bendita sejas tu, noite, que cobres e proteges o belo e o feio com a mesma indiferente capa, noite antiquíssima e idêntica, vem. Mudava-se a cadência da respiração de Blimunda, sinal de que adormecera, e Baltasar, extenuado de ansiedade, podia também entrar no seu sono para reencontrar o riso de Blimunda, que seria de nós se não sonhássemos.» (José Saramago)

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