«Sabia que estava só a tentar disfarçar a decepção, sabia que não suportaria regressar aos gestos e aos pensamentos de sempre, era como se tivesse estado a ponto de embarcar à descoberta da ilha misteriosa, e no último instante, já com o pé na prancha, lhe aparecesse alguém de mapa estendido: não vale a pena partires, a ilha desconhecida que querias encontrar já está aqui, repara, tanto de latitude, tanto de longitude, tem portos e cidades, montanhas e rios, todos com os seus nomes e histórias, o melhor é resignar-se a ser quem és.»
Não me resigno. Não me conformo.
Para quê resignar-me a ser quem sou, se posso sempre ser diferente, ser mais, ser melhor? Se há um mundo de possibilidades e, a ilha desconhecida, por mais encontrada que esteja, tem sempre algo mágico por descobrir?
Podes até ter descoberto a ilha desconhecida, mas nunca descobrirás o total do seu «conteúdo», pois julgas, estupidamente que, uma vez encontrada, não há necessidade de procurar... Logo, nunca a descobrirás.
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