terça-feira, junho 29, 2010

morres-te

Um calafrio percorreu-lhe o corpo e os olhos encheram-se-lhe de lágrimas. Ele morreu e Maria sentiu e chorou até alcançar a paz e coragem para lhe escrever a última carta:


Venho hoje, demasiado tarde, dizer-te que és a pessoa mais bonita do mundo, que és especial, que tenho já saudades desses teus olhos rasgados cor de avelã, da tranquilidade do teu sorriso, da tua palavra amiga...

Se o tempo volta-se atrás dir-te-ia que dás sentido à minha vida, que és importante para mim e que, se a morte não trouxe-se o conjuntivo, o passado e o impossível, eu dir-te-ia que neste momento dava tudo para te abraçar.

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