segunda-feira, agosto 30, 2010

A tua ausência

Agarrada ao corrimão subi as escadas devagar, levava no peito a esperança de te encontrar mas, a imagem era sempre a mesma. Sempre o mesmo quarto frio, escuro e vazio.



Ainda espero que no voltar a casa tu estejas lá para me dar as «boas-vindas» mas isso, hoje é impossível. Tenho a sensação de que sem ti o mundo não é o mesmo, perdeu-se algo... olho em redor e já nada é igual, olho para dentro e não vejo nada. O mundo desabou.


La Place disse: «Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma». Seguindo esta lógica pergunto-me em que é que o meu mundo se transformou, ou será que a citação não se aplica ao meu mundo? Será que se perdeu ou se está a transformar em algo que, devido ao contexto iniciático, não me é premitido vislumbrar? São tantas as hipóteses, tantas as possibilidades... mas eu tenho uma teoria nada plausível, até um tanto louca, na qual eu acredito e confio plenamente.


Será possível que o meu mundo, qual cometa, se tenha desintegrado e dispersado por esse Universo infinito? Então, o meu mundo são grãozinhos de areia que realizam viagens inter-galácticas e que detêm os segredos mais encantadores e angustiantes do cosmos. O meu mundo são também pedacinhos constituintes de estrelas que olham, sorriem, brilham e dançam para mim.


O meu mundo são pedacinhos de mundo, pedacinhos genuínos, pequeninos e felizes

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