terça-feira, novembro 03, 2009

«doda»

Esta vontade de gritar que te amo ao mundo inteiro prende-me mais a ti, recorda-me esses olhos, esse sorriso, o teu cheiro...
Quanto mais eu fujo mais tu fazes sentido, perdi o norte, quiçá o juízo e por estranho que pareça sou feliz nesta minha loucura que me mata lentamente. A razão fala bem alto mas o coração, esse bandido, é desobediente e transparente, só faz o que eu quero secretamente.
Escrevo o teu nome na parede e mesmo assim continuas segredo, já não sei que há-de ser de mim, só sei que de te perder eu tenho muito medo!
Encontro-me assim, totalmente dependente de ti, oh estupidez!
Já não como, já não durmo, não penso, só sei amar, será bom? A razão diz que não mas, para o coração é assunto indiscutível pois, ele nada diz, simplesmente sente.
Digo para mim mesma que és mentira mas se olhar para dentro lá continua o meu segredo, o meu amor, o meu tudo...qual verdade absoluta!
E assim vou vivendo e morrendo de amor e dor, de alegria e tristeza, cantando e chorando, vendo-te em cada nuvem, em cada gota de chuva, em cada pincelada de azul neste céu, em cada vez que contemplo a lua, eu sei que mesmo não querendo tu estás comigo, não porque eu o queira mas porque o coração obriga!

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