Não sou simplista ao ponto de me limitar a dizer que viajar é mudar de posição geográfica por um período de tempo. Não, na minha óptica viajar é algo muito mais espiritual, por assim dizer, e está ao alcance de todos. Até porque posso ir visitar um local mas não estar lá. É bem possível que o meu ser tenha ficado onde eu estava ou se tenha deslocado para um outro sítio.
Nem sempre estamos completamente num local, nem sempre o corpo acompanha a mente, nem sempre a mente acompanha o corpo.
«Para viajar, basta existir.» Pois, viajar é pensar, imaginar, recordar, reviver. E quem pode existir sem viajar, sem se abstrair, sem sonhar ou sem pensar? Quem não o faz, não existe, vegeta.
É nos escombros da memória, nas viagens que realizamos dentro de nós e ao longo da vida que nos vamos conhecendo.
Concluindo, não consigo dissociar a palavra viagem da palavra existência, considerando-a de extrema importância para todo e qualquer ser humano.
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