segunda-feira, julho 13, 2009

«O que os homens mais invejam nos deuses é a imortalidade

Já dizia o outro que: «todos querem ir para o céu mas ninguém quer morrer!», isto é uma grande verdade, ninguém quer morrer, ninguém quer acabar e quem o quer, quere-o pelo simples facto de acreditar que a morte é uma libertação, uma continuação da vida.
Falar da morte, de deuses, de imortalidade...nem sempre é uma tarefa fácil, pois mexe com o abstracto, com o mais íntimo das preocupações universais do ser humano então, abstraí-me para abordar este tema, fui até ao fundo do poço e trouxe ao de cima a essência descamada e desclamufada, a verdadeira preocupação a realidade desmentida do que pensamos e de como agimos.
Se pararmos para pensar, muitas pessoas temem a Deus com a esperança da vida eterna, da felicidade e da salvação. Eu penso que este erro é gravérrimo, mas bastante comum. De que nos serve estar à espera que Deus nos salve se não nos libertamos a nós próprios? Esperamos que Deus nos ressucite e ficamos para aqui à espera sem fazer nada.
Ultimamente, tenho reparado que as preocupações das pessoas não são amar a Deus, amar os outros ou praticar o bem mas sim, fazer uma boa acção mal intencionada de quando em vez e ficar aqui a gravitacionar apaticamente à espera de ir para junto de Deus o mais rápido possível. Defendo que, como o outro dizia: «é ridículo pedrirmos aos deuses aquilo que conseguimos fazer sozinhos». Enfim, não falarei mais na religião pois tinha aqui pano para mangas, vou tentar pegar noutros exemplos a explicar a afirmação: «o que os homens mais invejam nos deuses é a imortalidade».
Certamente que todos reparamos que, todos nós queremos deixar o nosso testemunho na «Terra», fazer História, seja esse testemunho uma filosofia de vida, uma obra de arte ou até mesmo um filho, o que importa é deixar uma parte de nós neste mundo, quando morrermos.
Os homens preocupam-se com a morte e pensam nela, muitos deles matam. Todos pensamos na morte porque sabemos que a vida tem um valor incalculável, amamo-la e não a queremos perder. Ora aqui esta mais um erro e descubro que na vida não fazemos mais nada do que errar.
Ao invés de querermos ser imortais e vivermos presos ao pensamento da morte, deveríamos preocuparmo-nos antes com os erros que cometemos, com a melhor forma de viver e com aquilo que queremos fazer com a nossa vida.
Na minha opinião pessoal, a morte é o mistério dos mistérios, por isso é que há tanto barulho à volta dela e, outras vezes, um silêncio de cortar a rspiração. Damos tudo por certo quando a morte é uma certeza incerta e a vida é um presente irrepetível, que nós temos a ousadia de deitar borda fora. Sim, eu também penso na morte, adorava saber seguir aquilo que disse neste texto mas a minha parte humana não mo permite no entanto, é por saber que a morte existe que devo lembrar-me que a vida também existe e, sem vida não haveria morte, sem morte não existiria vida.
Sim, é imperativo encontrar o sentido da nossa vida, quem não o faz já está morto. Há diversas formas de estar morto, estando, não estando, não sendo...
Os homens esquecem-se da sua fragilidade humana e imperfeição, julgam-se deuses e, querem ser imortais porque estão completamente perdidos, se se encontrassem não se preocupariam mais com isso.
Será que isto valerá a pena? -Olho pela janela e sinto que sim. Foi nesse momento que deixei de invejar os deuses e percebi que há coisas mais interessantes e divertidas para fazer!

By: Rita Dias

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